O país do futebol

 



No dia 30 de outubro, o Brasil deixou de ser o “país do futuro” para voltar a ser o “país do futebol”. Ziriguidum, borogodó, telecoteco, balacobaco, essas palavras, que parecem sem significado, sugerem a malemolência, o jogo de cintura, a malandragem e o jeitinho brasileiro. Jeitinho que conduziu o presidente daquela republiqueta sul-americana terceiro-mundista do cárcere ao Palácio da Alvorada. O próprio Lula é a personificação do jeitinho brasileiro.


É hora de deixar esse negócio de Judiciário, Legislativo e Executivo para quem entende. Ninguém quer saber de STF, TSE, STJ ou BNDES, são somente siglas desimportantes para quem deseja só um churrasquinho com uma gordurinha e cervejinha na hora do gol. Teto de gastos, responsabilidade fiscal e independência do Banco Central são coisas de neoliberal. O papo é bola na rede.


Dá de bico que o jogo é de taça; pra cima deles, Brasil; Brasil, vai buscar esse caneco. Lula pensa igual a um estelionatário: fala o que a vítima quer ouvir, faz o “otário” ser atraído pela própria  ganância e usa metáforas e comparações futebolísticas. Tudo inteligível e empático.


Com sinais claros de psicopatia, o ex-presidiário falava do Mercado e arriscava o “economês”, quando queria encantar uma plateia de empresários; quando encarava o povão, ludibriava com promessas de “cervejinha” e “chuva de picanha”. 


Com quaisquer meios justificando seus objetivos, o “sapo barbudo” segue mentindo para alojar seu exército de desocupados e incompetentes em Brasília. Obtém êxito mentindo como se não houvesse amanhã e transformando “o país do futuro” em “país do futebol”.


Pouco interessa que a Copa do Catar foi comprada, afinal “futebol é a coisa mais importante, dentre as menos importantes”. Vivemos num país onde um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) não sabe se aqui o crime compensa, outro diz, malandramente, “perdeu, mané”. Eu digo: nóis é tudo assim.


Este texto cheio de ironia é para alertar que, sim, como sempre, ficaremos inebriados durante os jogos da Seleção Brasileira, mas os políticos que confundem pacificação com distração terão oposição e vigilância ferrenhas. Será que “Macunaíma, o herói sem nenhum caráter” subirá a Rampa?

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