Lula e seus amigos

 



Quando ilegais, ou seja, sempre, Lula atribuiu suas posses à boa vontade de um sujeito oculto: um amigo. Na ansiedade de culpar alguém por seu fracasso administrativo na “saidinha” presidencial, ele inovou e culpou um inimigo: o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. 


Lula dispara sua metralhadora cheia de mágoas e esbraveja de forma quase incompreensível, mas completamente insuportável contra aquele que foi eleito o melhor presidente de banco central do mundo. É lógico que Lula fala para uma plateia amestrada, teleguiada por um animador de auditório puxador de palmas, que acredita que a taxa de juros pode ser abaixada numa canetada, como se a febre pudesse ser resolvida com o arrefecimento do termômetro. A taxa de juros é um sintoma, e a política econômica está com febre.


Enquanto pôde, o petista histórico colocou a culpa em Bolsonaro; como esse “bode expiatório” perdeu a validade, pois, como Donald Trump, sua imolação está arregimentando mais fãs, a vítima da vez é Campos Neto. O que fez a reclamação do ex-presidiário perder a seriedade é a unanimidade do Copom (Comitê de Política Monetária) em manter a taxa de juros. 


A não ser que o presidente nomeie um chimpanzé amestrado e comandado mediante ameaças, o novo presidente do Banco Central agirá como Roberto Campos Neto, com responsabilidade e autonomia.


O neto do lendário economista Roberto Campos, apesar de ser tachado de bolsonarista, está sendo responsável e trabalhando com austeridade. No fim do ano, quando ele deixar o cargo, Lula não terá alguém para jogar a culpa. Momentaneamente, porque, malandro que é, o presidente sempre acha um cordeiro para oferecer aos deuses. Afinal, a culpa é dele, portanto, ele coloca em quem quiser.

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