“Você é fotógrafo ou tomador da minha água?”




Luiz Inácio Lula da Silva, Lula, teve a sua vociferação raivosa interrompida. Um pobre fotógrafo teve sua paz impedida por alguém que suplicou que arrancasse a garrafinha do pré-candidato. O tomador de imagens, atribulado com a difícil tarefa de flagrá-lo com uma aparência bonachona, deve ter tremido de medo, quando o chefe, vermelho como um peru, inchado, suado, fala pastosa e olhos fixos e esbugalhados, perguntou: “Você é fotógrafo ou tomador da minha água?”


O fotógrafo Ricardo Stuckert, em Porto Alegre, representou o povo brasileiro. Tivemos uma difícil oportunidade, antes das eleições, de observar o demiurgo, sem o edulcorante marqueteiro, em estado natural.


Sem dependermos somente das mídias tradicionais, na internet podemos ver (e rever) o petista cometendo seus “sincericídios”: chutando quaisquer números, brigando com sua equipe, reclamando do público etc. Sem a mágica marqueteira, o recém-casado não consegue ser gente boa.


Falando em recém-casado, amando e líder nas pesquisas, ele deveria estar mais alegre. Mas não é isso o que vemos, ao contrário, testemunhamos um sujeito raivoso, de mal com a vida e querendo se vingar da Humanidade. A pergunta é: por quê? Como eu não confio no DataFolha, só me resta botar fé na Janja. Nem a conheço, mas a julgar pela qualidade da garrafa de vinho encontrada em seu lixo, a moça não tem culpa do ódio.


Lula quer fazer uma campanha à Presidência sem o povo. Este, depois de ser furtado pelo ex-presidiário, o recebe sob xingamentos. Tendo mais este motivo para evitar contatos, o partido dos Trabalhadores (PT) tramou e inventou a “Caravana Digital”. Espécie de caravana imóvel, o evento mantém a salubridade de todos. Em ambientes controlados, plateia favorável e jornalistas amigos, o postulante atrabiliário segue intimidando e se escondendo. 


Concordo quando dizem que nunca foi tão fácil escolher. Se na campanha é assim, imaginem durante o mandato. O pré-candidato não tem promessas, tem ameaças.



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