quarta-feira, 24 de julho de 2024

De Cabral a Cabral

 



 


Sérgio Cabral foi condenado a mais de 430 anos de prisão. Mas foi solto. Apesar da capivara (ficha criminal), ele quer se candidatar. E para o estelionato eleitoral funcionar, ele já está apelando para o emocional: chora em frente às câmeras, como se injustiçado fosse.


Entretanto, a estratégia de Cabral causa outras sensações: indignação e gargalhadas. Indignação, devido à sua cara de pau; gargalhadas, porque, enfim, descobri nele um péssimo ator, pior que o canastrão Alberto Roberto ou o farsante Rolando Lero (personagens do Chico Anysio e Rogério Cardoso, respectivamente). Creio que, pelo menos, a gargalhada seja uma tendência comum a todos que veem seus prantos falsos.


Sérgio Cabral pensa que é malandro. E é. Mas a malandragem dele não cola. Resultado: quando o ex-governador surge chorando ou a bordo de uma cadeira de rodas, a cena é hilária como uma comédia escrachada ou uma pegadinha. Sei que o meio de vida que ele escolheu prejudica quem trabalha de verdade, mas é cômico ver um picareta em ação.


Ser governador é um patamar muito sofisticado para a estirpe de trambiqueiro à qual o ex-governador pertence, basta conferir seu comportamento na memorável “Farra dos Guardanapos”, em Paris. Se não chegasse aos palácios, Cabral ficaria muito à vontade enganando médicos da Previdência Social, subornando guardinhas e saqueando cargas de caminhões tombados. Mas quando ele conheceu Lula, o “Enganador Geral da  Nação”, com quase 50 anos de experiência em estelionato, Serjão aprendeu com o homem da máfia... Então, a corrupção ganhou o “status” de arte. 


Cabral deve ter assistido à televisão e lido jornais durante sua temporada na cadeia, porque ele sacou as abstrações que todo charlatão usa para esconder a incompetência e a ladroagem: dizer que garante a democracia e impede a chegada da extrema direita. 


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