Pele, cartilagem, osso e tendões. NĂŁo. Depois do “Golpe da Picanha”, o pescoço e o pĂ© de galinha viraram a fonte de proteĂna animal possĂvel. Essa lamentável realidade foi o “start” para os assessores de imprensa do governo federal disfarçados na redação e os “jornalistas trans” (militantes que se sentem jornalistas) correrem para divulgar as maravilhas do pĂ© do animal.
Começaram a pipocar matĂ©rias exaltando os benefĂcios do prato, exemplos: “Deixa a pele mais bonita? Conheça os reais benefĂcios do pĂ© de galinha”. E ainda, “fonte de proteĂnas, rico em vitaminas e minerais”. PorĂ©m, a palavra mágica Ă© ‘colágeno’. E, claro, ela Ă© a estrela das redações lulistas. Quando alguĂ©m, que quer retardar o envelhecimento, lĂŞ que ali tem colágeno, dá adeus a suplementos alimentares, trata a picanha como carne de segunda, bem como, joga o frango no lixo e prepara um delicioso pĂ©. Abusando da piada, o McDonald’s criará o ‘McFoot’.
Ora, em tempos de escassez, isso Ă© como falar das maravilhas da sopa de pedra e do bife de sola de sapato. Ou, de algo nojento, mas que já Ă© uma realidade: da fonte de proteĂnas que Ă© a barata e outros insetos.
Quando a manchete Ă© seguida dos termos “Entenda” ou “Conheça” vem patifaria. Sempre com uma construção linguĂstica de celebração, como se fosse uma novidade que vocĂŞ nĂŁo pode ficar de fora.
Todo governo tem um item gastronĂ´mico como sĂmbolo pejorativo; o terceiro mandato de Lula já tem seus candidatos: abĂłbora (alternativa possĂvel para substituir a picanha), azeite (preço alto), arroz (fraude na licitação) e pĂ© de galinha (conjunto da obra). Contudo, a iguaria que deu o nome a uma marca de expressĂŁo Ă© insuperável, porque simboliza o estelionato eleitoral e o “passapanismo” da velha imprensa.
O que era lixo virou o prato principal, a futura vedete dos açougues. Se a enganação suprema e o plano maligno derem certo, a extremidade inferior que sustenta o galináceo em pé substituirá a cartilagem de tubarão, o Ora Pro-Nóbis e o ômega 3 como novo remédio milagroso com resultados promissores.