terça-feira, 20 de agosto de 2024

Bem bolado!

 


Há muitos anos, uma pergunta retórica rondava o imaginário popular: Como será o dia que o Silvio Santos morrer? Empiricamente, a resposta veio: a Globo homenageou-o; o SBT exibiu o desenho animado ‘Scooby-Doo! Ironia maior, só se passasse ‘Chaves’.


No entanto, exagerando na não canonização dos mortos, vilipendiaram o corpo (a memória) do apresentador por seu aparente posicionamento político. Esse oportunismo macabro revela que apenas agora que a natureza fez a sua parte, essas almas podres tiveram algum sossego. Quem cultiva esse tipo de comportamento perde a vergonha de expor seus mais recônditos impulsos; no entanto a morte enche-os de regozijo redentor. Gesto pior, é o que fazem, em reuniões familiares: falam mal de quem é bolsonarista ou petista.


Inclusive, há os que se sentem encorajados de perseguir politicamente os vivos: é o que aconteceu com Pelé (por não confrontar o governo militar) e Djokovic e Eric Clapton (por não aceitarem as rédeas governamentais da paranoia sanitária chamada: vacina). Todos foram carimbados como “governista” e “negacionistas”, ignorando os excelentes futebolista, tenista e guitarrista  que foram ou são, respectivamente.


Vários artistas têm comportamentos que, apesar de serem execráveis ou controversos, devem ser dissociados do talento. Exemplos: Roman Polanski, Woody Allen, Michael Jackson, Kevin Spacey e Pete Townshend acumulam acusações de vários níveis de gravidade. Isso não faz deles menos admiráveis como cineastas ou músicos, cada um na sua área.


Eu mesmo, não teria percorrido o roteiro cultural de São Paulo, pois quase todos os artistas que gosto são esquerdistas “no úrtimo”. Também gosto dos filmes de Polanski, Woody Allen e Spacey, fui a um show do Michael Jackson e ouço músicas do ‘The Who’ (Pete Townshend). 


No dia da passagem do dono do SBT, a emissora transmitiu ‘Scooby-Doo’. Silvio Santos não falava da boca pra fora: “Do mundo não se leva nada, vamos sorrir e cantar”.


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