quarta-feira, 21 de agosto de 2024

“Nem te conto!”

 


Na segunda metade dos anos 80, havia vários programas e revistas de fofoca. Geralmente, contando coisas desimportantes: o que vai acontecer (ou aconteceu) nas novelas, trivialidades e boatos das vidas dos famosos etc.


Atualmente, quem gosta de ler baboseiras plantadas acessa “sites” absolutamente inúteis ou a ‘GloboNews’, para se divertir com a Daniela Lima. O canal de notícias já foi um oráculo do jornalismo, porém, Daniela, a Luciana Gimenez do jornalismo brasileiro, transformou a emissora numa usina de fofocas disfarçadas de notícias.


O método de ler os acontecimentos diretamente do celular dá uma sensação de urgência que engana. No entanto, essa aparência de “breaking news” (notícias de última hora) esconde uma porta-voz do governo que, em vez de checar, distribui as versões oficiais.


Enquanto os jornalistas da antiga mídia fingiam que o STF (Supremo Tribunal Federal) agia normalmente, muitos já sabiam que aquele papo de “democracia” era balela. Pois, descobriu-se que esse método é o mesmo que “cimentou” os pés do ditador venezuelano Nicolás Maduro no Palácio Miraflores. Só que, recentemente, “a casa do Maduro e do STF caiu”.


Nesse contexto, a apresentadora colaboracionista insiste em tentar manter a lei e a ordem pró-governo, quando muitos de seus colegas desembarcaram da impossível tarefa de “envernizar” o “desgoverno”. 


A “fonte” de Daniela Lima é o pouco confiável Thierry Breton, comissário da União Europeia. O parisiense tem o estereótipo do eterno intelectual esquerdista francês. Ele realmente não deve saber ser outra coisa. Resumindo muito, ela começou a defesa do governo “dando uma carteirada” pelo francês para relatar  o “enquadro” que ele deu no empresário Elon Musk. Thierry tem a sanha de regular mídias digitais; Musk é o proprietário do X (antigo Twitter). Até aí, nada que seja caso de internação.


A moça “confidenciou” que Elon Musk, suposto direitista, está interessado nas eleições municipais brasileiras. Claro, surgiram brincadeiras, dizendo que o sujeito mais rico do planeta estava interessado em eleger um vereador em Xique-xique. A maneira que ela “contou a última” deu uma impressão que alguém cochichou alguma inconfidência quentinha ou “um passarinho verde soprou n’ouvido”. Contudo, a clara tentativa de manipulação foi tão infantil que pareceu que seria seguida de um “pois é, pois é, pois é”, como a fingida Chiquinha, do seriado Chaves.


A xícara de teoria da conspiração com uma pitadinha de paranoia e 2 colheres de sopa de mania de perseguição criou uma receita mais fantástica que quando Orson Welles narrou uma invasão marciana. Até aqueles que acreditam que o Vaticano esconde evidências de vida alienígena, acham que o Homem não foi à Lua ou que extraterrestres construíram as Pirâmides do Egito pensam que a garota exagerou.

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