segunda-feira, 26 de agosto de 2024

🔵 Presidenciáveis na faculdade

 


O dia a dia daquela faculdade oferecia muitas surpresas. O único acontecimento que quebrava aquelas surpresas era a rotina dos pães de queijo e o café com leite num boteco do bairro da Liberdade. Mesmo tendo a obrigação de “bater cartão” e cumprir expediente ali na Secretaria, eu achava aquele ambiente instigante demais e tentava me diluir entre os estudantes no pátio e na praça de alimentação. Mas naquela semana, as noites fariam parte do noticiário. Em 2002, todos os presidenciáveis viriam palestrar no auditório.


A movimentação dos seguranças indicava que naqueles dias teríamos presenças mais vigiadas que aquelas dos tradicionais juristas — que só atraíam alunos ávidos por pontos na nota final. Como funcionário, eu fui escalado para controlar a entrada do público. O uniformezinho ridículo não ajudava a me disfarçar de aluno, então fui obrigado a ficar do lado de fora, enquanto o estelionato eleitoral rolava livremente dentro de um auditório atento.


Provavelmente, parte daqueles alunos estava me confundindo com alguém alienado ao que estava acontecendo dentro do maldito auditório. Minha ansiedade fez eu ignorar aquele uniformezinho azul e branco com gravata de elástico que me deixava igual a um bonequinho de Playmobil com vida que havia escapado da embalagem ou da caixa de brinquedos.


Incomodado com aquela situação, adentrei a sala e assisti parte da história do Brasil. Na sala, pude assistir um pouco dos “bastardos inglórios” José Serra, Anthony Garotinho, inclusive o pai do Mensalão e Petrolão, Lula. O petista ainda não tinha iludido os brasileiros com o “Conto da Picanha” — aquele da cervejinha e picanha com gordurinha na farinha. Contudo, vivíamos nos tempos de outra maquiagem fabricada por marqueteiros para enganar: o Lulinha Paz e Amor.


Aqueles candidatos na faculdade estavam tentando conquistar alguns votos. Vê-los em ação, parecia um privilégio, mas era motivo de vergonha. Conforme comprovado, estávamos todos sendo enganados “in loco”. Naquelas noites, quem não se emocionou, morreu por dentro...




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